quarta-feira, 13 de junho de 2012
Porque não apoio a actual gestão do Benfica?
Benfiquistas,
Gostaria apenas de começar por elucidar que quem como eu critica a actual gestão do Benfica, não deveria de ser apelidado de anti-Benfiquista ou algo similar. Na verdade, o Presidente é um funcionário do clube e o Benfica é a maior instituição desportiva do Mundo, por isso não critico o meu Benfica, mas sim naquilo em que se transformou.
Como um amigo meu me disse recentemente, só quero ver o Benfica Campeão Europeu. Na verdade tenho 40 anos (quase) e nunca fui campeão europeu de futebol 11 com o clube do meu coração.
Disto isto.
Existem três razões pelas quais LFV e seu pares devem sair, vou separá-las para melhor análise, mas na verdade estão interligadas.
Financeira
Gostava de salientar que o Grupo da Luz propõe uma solução que visa sanear financeiramente o Benfica ao mesmo tempo que lhe confere uma maior competitividade desportiva.
De seguida, apresento um resumo de como nós achamos que é possível alcançar tudo isto:
O Grupo da Luz acredita que o equilíbrio financeiro do Benfica não deve passar pelas receitas provenientes dos prémios de participação nas provas da UEFA nem pela venda de jogadores.
Tendo por base os Relatórios e Contas (R&C) dos últimos anos, constata-se que o Benfica tem obrigatoriamente de vender jogadores por forma a equilibrar as suas contas operacionais e fazer face aos custos elevados do seu passivo.
Os proveitos recebidos pelo clube não têm chegado para fazer face à estrutura de custos implementada, nomeadamente aos ordenados de jogadores e equipa técnica, e ao crescente aumento dos custos de financiamento (juros e amortizações de dívida).
Esta situação, em que os custos do clube são superiores às suas receitas, tem levado ao aumento do passivo, com o consequente impacto negativo no aumento dos juros a pagar.
Apesar deste enquadramento acreditamos ser possível, no curto prazo, inverter esta situação e dotar o Benfica de um equilíbrio financeiro que lhe permita melhorar a capacidade competitiva da equipa de futebol e, ao mesmo tempo, não depender da venda de jogadores e das receitas provenientes dos prémios de participação nas provas da UEFA (que são altamente cíclicas) para manter as contas equilibradas.
O Grupo da Luz tem propostas concretas que, a serem implementadas, permitiriam ao Benfica não só ter um equilíbrio operacional, como também fazer face às responsabilidades que tem perante os seus credores (instituições bancárias e outros), não descurando os investimentos necessários na equipa de futebol.
O Grupo da Luz propõe 3 alterações ao que está actualmente implementado, uma do lado dos custos e duas do lado dos proveitos, que podem ser concretizados no muito curto prazo.
Estamos convictos que mais ajustes podem, e devem, ser realizados tanto no lado das receitas como do lado dos custos, nomeadamente na rúbrica fornecimento e serviços de terceiros, mas as propostas que temos são imediatas e não necessitam de uma análise financeira mais completa do que aquela que já está concretizada.
As alterações propostas pelo orçamento do Grupo da Luz são:
1) Custos com pessoal: permitirá uma poupança anual de € 5.6M. De acordo com o R&C de 2011, o Benfica tem 85 empregados do futebol, 71 atletas e 14 treinadores, que são responsáveis pela maioria dos custos com pessoal. Estes dois grupos, atletas e treinadores, custaram, em 2011, € 36.9M, entre remunerações fixas (€ 34.3M) e variáveis (€ 2.6M). Propomos que o Benfica reduza em 15 (21%) o número de jogadores que tem nos seus quadros, o que nos parece ainda assim ser conservador uma vez que mesmo com esta redução o Benfica permanecerá com 56 jogadores, suficientes para fazer duas equipas profissionais. Esta redução permitirá uma poupança anual de € 6.5M.
2) Naming do estádio: permitirá, com base em operações similares realizadas recentemente por clubes alemães (Hamburgo € 4-4.5M e Dortmud € 4M) e italianos (Juventus € 6-7M) um encaixe anual de, pelo menos, € 4M. Para o efeito, e adoptando uma postura conservadora, não considerámos operações similares realizadas recentemente por clubes ingleses (Arsenal € 10-11M);
3) Transmissões televisivas: permitirá, com base em valores que resultam de uma consulta e de pareceres pedidos pelo Grupo da Luz no meio audiovisual, passar dos € 22.5M (proposta recentemente rejeitada) para os € 30M ano.
As alterações propostas permitem obter resultados operacionais positivos em € 16.4M.
Se aos resultados operacionais corrigidos propostos pelo Grupo da Luz somarmos os resultados financeiros e os prémios de participação nas provas da UEFA, o Benfica terá o seguinte excedente de capital (€ 8.3M).
No orçamento proposto pelo Grupo da Luz, os resultados operacionais serão positivos (€ 16.4M), o que permitirá fazer face aos custos actuais do endividamento do Benfica (€ 15.3M), sem que para isso seja obrigatório recorrer à venda de jogadores.
Desta forma será possível ter uma equipa de futebol mais competitiva e deixar ao critério do clube o melhor momento para realizar as vendas de jogadores, não estando obrigado a vender jogadores todos os anos ao preço que os clubes interessados entendem.
Os prémios de participação nas provas da UEFA (€ 7.2M) e as vendas eventuais de jogadores, permitirão o investimento na equipa de futebol e a amortização da dívida, com vista a reduzir, no médio prazo, os custos financeiros que o Benfica tem de suportar anualmente (€ 15.3M), fruto do aumento do passivo que ocorreu nos últimos anos.
Importa novamente reforçar que, com o orçamento proposto pelo Grupo da Luz, o Benfica poderá usar, se assim o entender, os prémios de participação nas provas da UEFA que conseguir angariar todos os anos e o excedente criado pelo equilíbrio das suas contas, para fortalecer a equipa de futebol, não necessitando de vender nenhum jogador.
EM CONCLUSÃO:
Implementando as medidas propostas, o Benfica terá capacidade para obter resultados operacionais positivos suficientes para fazer face às necessidades de financiamento actuais.
O Benfica não será obrigado a vender jogadores nucleares ano após ano.
O Benfica poderá decidir quando e como deverá vender os seus jogadores.
Todos os proveitos obtidos tanto na eventual venda de jogadores como na participação das provas da UEFA serão proveitos excedentes e permitirão não só o investimento na equipa de futebol, mas também a amortização da dívida.
O Benfica terá capacidade para ter uma equipa desportivamente forte e ser financeiramente equilibrado!
Grupo da Luz
PS: Publicado hoje por Bruno Carvalho e que reflecte também a minha opinião, não fosse eu também membro do referido Grupo.
Desportiva
Remeto-vos para esta análise http://geracaobenfica.blogspot.pt/2012/04/balanco-de-vieira-enquanto-dirigente-do.html.
Mas em traços gerais o Benfica (em todas as suas modalidades)nos últimos 2 anos ganhou cerca de 20% dos títulos das provas oficiais em que participou.
Entreposto de Jogadores
O Benfica tem contrato com cerca de 70 jogadores e isto deve-se unicamente aos interesses económicos de alguns actores, ou seja, as comissões que os empréstimos, compras e vendas proporcionam têm seguramente sido uma fonte interessante de rendimentos para alguns, mas não se vislumbra quase nenhum real benefício para o Benfica.
Se queremos um Benfica diferente não podemos...mesmo... ficar indiferentes a isto.
Benfica Sempre...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário